Desculpa



É bem verdade que eu esqueci de avisar dessa minha paranóia incontrolável, talvez por medo de você me deixar ou talvez por ser uma característica tão comum a mim que deixei passar, sem querer.
Eu não tiro sua razão, pode me chamar de psicopata, eu sou mesmo um pouco. Nunca neguei meu ciúme, que de besta nada tem, pelo contrário. Nem escondi meu lado possessivo e muito menos o dramático, mas confesso que exagero quase sempre.
Desculpa minha cara emburrada sempre que as coisas não seguem como eu planejei. Releva meus dramas e ataques de ciúmes,porque pedir  atenção é direito meu, sempre tão carente e dengosa. E eu sei que sou chata, sem dúvidas, a mais chata do planeta, mas não me larga não, ser chata faz parte do meu draminha ocasional.
Perdoa esses meus choros a todo momento.  Você bem sabe que sou chorona, que o medo de tudo e todos me faz ficar assim com os olhos banhados em lágrimas. Assim como um bom romance ou uma elevação na voz – mesmo que quase imperceptível e não proposital – durante uma briga me deixam (muito) chorosa.
Absolve a imensa quantidade de sms trocadas durante um dia inteiro e o pedido por uma ligação antes de dormir. Tardes solitárias em que espero ansiosa pelo telefone que não toca não são as minhas preferidas, não gosto do desafio de ter que ficar tanto tempo sem a melhor parte de mim, você.
Sou dona de perguntar as coisas mais pessoais, difíceis e embaraçosas de se dizer para alguém, ainda mais para você, sempre tão fechado. Eu sei que é complicado, mas agradeço e admiro essa sua coragem e sinceridade em responder até mesmo à pior das perguntas.
Desculpa essa minha faladeira sem fim, na maioria das vezes, sem dar espaço para você contar do seu dia. Então depois lá estou eu reclamando que você não me conta nada da sua vida. Vivo, aliás, sou, um completo paradoxo.
As reclamações e birras vindas em forma de indiretas e o bico que você tanto diz amar. E pedem por um beijo entre sorrisos e um abraço apertado. Releva também as ligações no meio da noite, aquelas que sempre ocorrem quando a saudade aperta forte o peito ou a insônia vem me visitar.
Cura os meus defeitos e anistia minha consciência em ser assim, tão culpada. Me abraça forte e me beija a testa, sorrindo do bico que se forma na cara emburrada e me chama de linda, mesmo que chata. 
Comentários
1 Comentários

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  1. Serio, tá ótimo, como voce sempre faz. Mas esse se supera pro perfeito, porque além de tão lindo, me descreve. *-*

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