Terra do Nunca



Bem vindos à Terra do Nunca, essa é a história da menina que nunca quis crescer, acho até que não cresceu.
A eterna menina travessa, que com seu sorriso conquistou a todos. O biquinho e a cara de choro ainda continuam bem visíveis naquele rostinho redondo. Aprendeu coisas novas, conheceu outras pessoas, trocou as bonecas e as panelinhas pelos livros e aparelhos eletrônicos, mas bem ali no fundo, ainda encontra-se a menininha dos cachinhos loiros.
Passou por dificuldades, momentos de perigo e desilusões amorosas. Chorou, sorriu e brinca. Até hoje. Olha para o céu azul, e lembra de quando viajava procurando nas nuvens as formas mais variadas. Anda pela calçada e vê as marcas da amarelinha ainda presentes no chão. Os primeiros contos de fadas, ainda estão ali, guardados na estante, esperando mais uma vítima para suas mentiras, implorando para que mais alguém abra-os e sonhem com o príncipe encantado, como ela fez muitas vezes. Os desenhos do colegial e a foto com o primeiro namoradinho na quadrilha da escola continuam pregados no mural do quarto. Ela sorri lembrando das fantasias usadas nos bailes de carnaval e chora, ao lembrar do primeiro cachorrinho que morreu atropelado por um carro. Tudo passa como um filme, lembranças e mais lembranças de um tempo bom, quando tudo parecia tão mais fácil.
Hoje, as 24 horas do dia não lhe parecem mais suficientes e em meio a tanta confusão, ela ainda consegue tempo para sonhar e brincar, age como uma criança sem se importar com os outros. A certeza que fica, é que a criança dentro dela nunca vai morrer. Seus olhinhos ainda vão continuar brilhando pelo sorvete ali da esquina, apenas mudou a brincadeira. Agora a brincadeira é séria, a tal 'coisa de gente grande'.
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