Querido diário e a escolha de uma vida inteira


Engraçado essa forma que somos educados, não vamos à escola simplesmente para aprender, vamos à escola para conseguir entrar no mercado de trabalho quase 15 anos depois. Mal saímos da barriga da mãe e já nos perguntam o que vamos ser quando crescer, uma pergunta simples, mas que nos pressiona a vida toda.
Em pleno século XXI as coisas parecem não ter mudado tanto assim, todos ainda sonham com o filho médico, engenheiro ou advogado, como se as demais profissões não tivessem importância. "Licenciatura é para quem não estuda", e filha, neta e afilhada de professores, sempre escutei que ser professor não era uma   boa profissão. Por que não? Já se imaginaram sem seus mestres? Ninguém chegaria a lugar nenhum. Médico não seria médico e engenheiros ou advogados não existiriam. Não, não quero ser professora - na verdade, ainda não sei bem que rumo quero seguir -, mas se meus filhos optarem pela profissão serei a primeira a incentivar.
Admiro muito aqueles que desde pequenos já sabem que profissão seguir, invejo quem, diferente de mim, já  se imagina em um corredor de hospital ou em uma sala de aula ou em um escritório de uma grande empresa.  Me vejo ha 5 meses da maioridade e ha 8 do vestibular sem ter a certeza do que farei do meu futuro. E isso me deixa angustiada. Porque foi aquela pergunta inocente, que se repetiu durante toda a infância, que começou a pesar na adolescência. E se eu ainda não tiver crescido o suficiente? "O que vou ser quando crescer"... Crescer onde? Em que aspecto?
Estou prestes a fazer uma escolha que dará um rumo a minha vida - logo eu que sempre fugi de tomar decisões -. E ainda tenho um pouco de medo. Medo de fazer a escolha errada, medo de me arrepender, medo de atrasar os planos que já estão traçados em minha mente desde sempre.
Tenho medo, mas também tenho coragem, porque acredito que o que vai crescer não sou eu, mas sim o dom que existe dentro de mim, a paixão por algo que virá a ser o sustento da minha família e também meu estímulo para levantar de manhã cedo e ir trabalhar, feliz. Afinal é isso que importa, a satisfação de fazer o que gosta e não o que dá dinheiro ou que a família sempre sonhou. Quem sabe o que é melhor para nós somos nós mesmos, ou vai dizer que alguém conhece de verdade essa voz que fala na sua cabeça sem parar todos os dias?

Comentários
1 Comentários

1 Comentários:

  1. Aqui está uma moça de 20 anos que ainda não decidiu o que será da vida. Mas tenho uma afeição especial por aqueles que escolhem ensinar: pois é preciso ter o dom - e muita força de vontade.
    Seja qual for o caminho que você decida seguir: muita sorte e capacidade para lidar. Espero que você goste.
    Abraços.

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