A espera ansiosa pelo domingo a tarde que parece nunca
chegar. O banho, o perfume, a roupa limpinha e o sorriso no rosto. O abraço
apertado de boas vindas, daqueles em que o corpo se equilibra na ponta dos pés,
agarrada ao seu pescoço. E depois o sorrir, o meu, o seu, a felicidade que
transborda. O ciúme do cachorro que corre ao seu encontro e eu o tirando de
perto daquele que deveria ser só meu. E é.
Você e a tentativa de ser mais dramático do que eu, em vão,
sabe que ganho. Draminha aqui, beijinho
acolá, e o abraço apertado de quem veio pra nunca mais sair. Uma ou duas
partidinhas de vídeo game só para não perder o habito e a habilidade, claro, eu
que sou melhor que muito amigo seu.
Voz e violão, você e eu nessa nossa mania de sermos lindos
juntos. Lanchinho feito pelo meu chef favorito. Mimo e mais mimo, daquele jeito
que só você sabe fazer.
O filme juntinho, sua respiração junto a minha, corações
sincronizados. O abraço melhor do mundo, cafuné e beijinhos inesperados. E
quando me viro, lá está você olhando para mim com aquele sorriso lindo no
rosto.
E é automático, eu fico boba e maravilhosamente feliz, tanto
que o corpo se encolhe ainda mais junto ao seu e se encaixa, como que dizendo
que nascemos um para o outro. E nascemos, pois me sinto completa. A vozinha
dentro da cabeça que grita: “diga que o ama, diga agora e de novo e de novo e
de novo”. E eu digo. E você diz. E sorrimos. E nos abraçamos, forte.
Confuso, mas me vejo perdida justamente no meu lugar
preferido. No seu abraço eu me perco em
meio a tanto amor e segurança e alegria. È no seu abraço que eu me encontro
assim, perdidamente apaixonada.