Ela que atormenta a mim, sua amiga, sua vizinha e até a mais segura das mulheres. Ela que foi a primeira, ou a mais bonita, ou até mesmo a mais chata. Incomoda feito uma pedra no sapato.
Lembranças são inevitáveis e as boas, para nós, são detestáveis. E por mais que tentemos nos controlar, tem sempre aquela insegurança e a maldita curiosidade. ‘Por que terminaram? Foi ele ou ela que terminou? O que ele gostava nela?’.
O medo de agir errado e resgatar alguma lembrança ruim de uma ex e, pior ainda, resgatar alguma lembrança boa. A vontade de superá-la em alguma coisa para não deixá-lo na dúvida se ficar com você foi ou não uma boa idéia.
Ouvir seu nome ou esbarrar com ela é motivo de desespero, mesmo que por fora estejamos sempre lindas e confiantes, como quem diz ‘ele está comigo agora!’ quando na verdade o que estamos pensando é “será que ele sentiu algo ao olhar para ela? Saudade talvez?’.
Imaginar momentos românticos e apelidos carinhosos nos deixam loucas. Mudamos o status de ‘com ciúme’ para ‘vou quebrar a cara dela em 3,2,1’.
E mesmo com toda essa paranóia, medo e insegurança, no fundo sabemos que quem perde não sou eu, nem você, nem sua amiga, mas a ex. Ela que, por um pequeno ou grande deslize, deixou escapar talvez o maior tesouro que já possuiu. Agradeço então por deixá-lo disponível para mim, eu que estou feliz com o MEU namorado e sem a menor intenção de fazer de mim uma ex.
Obrigada por ser esse exemplo de pessoa, um verdadeiro EXemplo a não ser seguido.