Às vezes, meu namorado se faz criança, atos infantis como dar a língua, esconder o rosto com as mãos, falar como tal, esconder meus objetos pessoais, desarrumar o meu cabelo. O que ele não sabe é que o deixo ganhar cada uma dessas brincadeiras só para ver aqueles olhinhos pequenos e de cor quase igual aos meus sorrindo, junto com uma carinha de menino travesso que apronta propositalmente.
Detesta me ver quieta ou em pranto.Me chama de chorona e então diz alguma coisa que me faça de novo sorridente, envolta de novo com os braços em volta do seu pescoço.Adora até mesmo minha cara emburrada e meu jeito falante.
Meu namorado tem o cabelo que adoro bagunçar, a boca que adoro desenhar com os dedos, a mão que adoro segurar, o abraço em que adoro estar, recolhida para dentro de um mundo que muitos desconhecem.
De fraco meu namorado não tem nada. E a força que me passa, em forma de elogios,presença e telepatia me faz agüentar o mundo me sentindo a melhor menina da geração apenas por ter para si o príncipe que nunca foi sapo, o melhor dos melhores homens quase que em extinção.
Meu namorado é meu vício ocasional. É o até mais não se sabe quando de domingo de noitinha que choro às vezes, ao me despedir. Ainda assim, continua sendo a parte favorita, leve e bonita de todos os meus dias.Melhor que o sonho mais bem projetado, quase que sob medida.
Meu namorado, número um. Eu, sua quarta que não é feira, mas que contente em que ele não siga para um número cinco – me contento com um singular primeiro (e único).
adaptação de http://calmila.blogspot.com/2011/09/meu-namorado.html